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segunda-feira, dezembro 25, 2006

 

Eugo

Eu que mais não sei do que sobreviver e deixar-me arrascar pelos cantos dos dias
Eu que não sei mais do que ter conversas banais, no café, às duas da manhã
Eu que não tenho mais nada se não a consciência de que a vida é o dedo indicador indicando a solidão
Eu que, castrado pelo meu cérebro, não consigo aproveitar um único segundo das musicas fernéticas que vós dançais
Eu que vivo aqui e é como se vivesse ali com a indiferença de morrer acolá
Eu que já nem rimar um belo verso sei, nem arrancar das minhas entranhas um momento de arte sublime
Eu que nunca serei por pensar em ser alguém
Eu que posso até nem ser nada,
serei sempre mais que todos vós juntos,
que viveis no cantinho obscuro iluminado pela ignorãncia de saber viver.
Eu que vivo e morrerei assim, sozinho, sem mim mesmo para me consolar.

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