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segunda-feira, setembro 04, 2006

 

Boa noite... Madame Gabriel

Olá... boa noite! Não, não peguntem o que é que aqui vim fazer. Nem eu próprio sei. Pois é que este lugar traz-me saudades. Este cheiro, esta luminosidade, estas tabuas, esta fila de cadeiras, esta música... esta gente, tudo isto me trás saudades.
Desculpe Madame Gabriel o seu salão está... está... como sempre...

Engraçado acabámos por nos tornar as personagens de que falávamos, o salão, as bailarinas, “o” mestre, as saudades, os poetas que teimam em viajar, os buscardinis e todos nós.
Todos nós anciamos por poder reentrar num salão ou na carroça que continua o seu caminho, a qual nós já não pertencemos, a trope de sorrisos e lagrimas queixos caidos perante maravilhas. Todos nós já estamos á espera, chegou a hora!
Chego o momento em que apercebemo-nos que estamos realmente sós e longe daquela realidade, nada do que possamos tentar fazer para encontrar aquela, e atenção é aquela, especificamente aquela magia que nos foi dada e que construimos, nada... apenas memória resta agora. É por isso que sonhamos com o dia em que completamente desfeitos de tudo e como que a fugir de algo, sem nos apercebermos que só tentamos fugir de nós próprios ou que continuamos á nossa própria procura, vamos virar uma esquina e sem darmos conta estamos de frente para a entrada do salão de Madame Gabriel!!

Que surpresa estão cá todos! E é como se fosse a primeira vez, daquela vez em que chegamos e poucos ou quase nenhuns são os que conhecemos, mas ao primeiro trocar de olhar, tornamo-nos a peça seduzida de um jogo. Queremos jogar. A meta? Essa não nos passa pela cabeça nesta fase do campeonato, só mais tarde é que nos apercebemos que a meta deste jogo é pessoal. Cada um descobre a sua... como a descoberta da personagem para a noite. Mas este reencontro tem um aspecto que desconhecemos: não estamos ali para fazer “a magia”, essa vai surgir mais tarde por si própria de forma difirente, pois é... estamos diferentes! E é por isso que ainda choramos como tu falavas ha pouco. É apenas um choro diferente, choramos de medo, como um velho que só olha para trás, para o que foi bom, com medo do que ai vem...



(grande) texto de José Redondo, in http://zagalhoz.blogspot.com/





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