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sábado, agosto 19, 2006

 

Deambulações finais de um homem que antes de morrer teve um pesadelo em que a sua cidade estava de pernas para o ar

Esta cidade está de pernas para o ar
Está escuro e é de dia
acho eu....
as ruas são ecos de sombras que la passaram
só isso...
esta cidade está vazia e eu estou completamente só
Esvoaçam papeis publicitários de antigos espectaculos teatrais e musicais e coisas que tais e jornais velhos... sozinhos
Está frio e as ruas tresandam a nada e a esgotos virgens
Estou aqui há horas à procura de uma luz nesta cidade fantasma
Ninguém me ouve
Ninguém me entende
Ninguém me pecebe...
porque não está aqui ninguém!
Vejo qualquer coisa que não deslumbro bem já a alguns minutos
é muito escuro
Não sei se é o céu
Não sei se é o mar
Não sei se será aquela hora em que o céu se junta ao mar num universo de cores fundidas
sinto os quatro elementos a unirem-se a mim:
Sinto-me a arder
Sinto-me a sufocar
Sinto-me a afogar
E esta estrada é uma areia movediça que me transporta para dentro dela
Tento pela milésima quinta vez abrir os olhos o mais que posso para ver se isto é um sonho como acontecia quando eu era mais criança
Não acordo
E não tenho agora qualquer esperança de acordar
Este abrir de olhos constante tornou-se uma espécie tique que não consigo controlar
É a pura e dura realidade:
Esta cidade está de pernas para o ar...
ou serei eu ?
Secalhar sempre tudo esteve assim
Secalhar foi a minha cabeça que mudou e só agora reparo o quão sozinho eu estou
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH
Nem o meu eco responde quando grito
já urinei trêz vezes nas calças e a minha mãe ainda não refilou comigo
Será isto ?
Serei finalmente um homem?
O ultimo grito dela que eu me lembro foi:
-quando fores um homem tudo será diferente e não vais ter lá a tua mamã para te apoiar.'
Nem ela nem ninguém.
Nem queria que ela me apoiasse mas a unica coisa que me tem dado coragem é imaginar que numa destas janelas sujas e vazias está a corrente de ar da minha mãe a olhar por mim
(por mais vergonha que ela tivesse agora de eu ser quem me tornei)
Nunca pensei que o Requiem do Mozart fosse afinal a banda sonora da minha vida
ou pelo menos daquilo que se tornou a minha vida
Onde está a sonhada potencia e os herois do velho Richard ?
Quem sou eu afinal se não tenho ninguém para o provar ?
sou o Herói ou o zé ninguém de eu próprio
Não há herois quando não há nada para salvar pois não mãe ?
Não consigo sequer organizar as minhas ideias e a minha outrora genial cabeça
Vêm me mil ideias ao consciente ao mesmo tempo e não consigo permancer nem perceber uma única
Nem o perfume de uma mulher qualquer fosse ela quem fosse eu consigo cheirar
e as minhas calças tresandam a masturbação como todo o meu ser
Lembro-me das ultimas visoes que tive em sociedade:
um rato moribundo na passagem da estrada para o passeio
Ele tresandava a lixo e a solidão
e acostumado à beleza do mundo não aguentei mais olhar para aquele sangue que contaminava a existencia em geral
Senti-o a olhar para mim com uma estranha calma como que a dizer:
-Lá vem este gigante limpo e satisfeito e importante membro da sociedade acabar com o meu sofrimento. Obrigado amigo.'
Pisei-o e acabei como o sofrimento dele
Ele não aguentava mais pois não ?
(de qualquer maneira era feio como tudo, não era?)
Olho mais uma vez à minha volta e abro mais uma vez os olhos com toda a minha força
É inutil, isto é de facto a nua e crua realidade e não tenho uma cama quentinha à minha espera para aconchegar o meu pesadelo
Finalmente percebo o meu velho pai:
-a vida é isto e eu sou um Homem.
Pois bem pai, eu também já sou um homem sabes ?
e é aqui que desisto
Sento-me algures numa passagem da estrada para o passeio
Além de urina e masturbação consigo cheirar agora o mais fedorento cheiro de todos os cheiros que saem dentro de mim:
O da solidão.
Estas lagrimas de sangue são a primeira coisa que eu bebo desde à dias me parece
e será concerteza a ultima
Sei que não tardara muito para um gigante limpo e satisfeito e importante membro da sociedade me pisar e acabar com este meu sofrimento
e sabem que mais pa ?
estou ansioso para o ouvir dizer:
-de qualquer maneira ele era feio como tudo não era ?
-Era... obrigado amigo.

Comentários:
vivemos numa matriz de controlo e só kando mergulhamos nas profundezas da nossa alma, conseguimos liberar-nos dessa matriz e ver a vida e mundo como verdadeiramente é para onde caminha - destruiçao. "de pernas para o ar fika a nossa vida" kando tomamos consciencia da rede em k estamos envolvidos.
A responsabilidade de seremos crescidos e as nossas acçoes ou falta delas, começam a mudar o nosso pekeno e aconxegante mundinho tornando-o num oceano sem vista para a costa e onde nos sentimos Naufragos!
meu kerido amigo luís, em tantos momentos nos poes o pé em cima e nao acabam com o nosso sofrimento,pk nao morremos mas continuamos a viver para com isso aprendamos a lidar com o k a vida nos dá e nos em ensine a nao pôr o pé em cima de ninguém só pk afinal - " ele era tão feio!"
pensa e acredita k para alguma coisa estamos aki, par poderes sustentar a vida!
Um beijo grande meu amigo.
 
vivemos numa matriz de controlo e só quando mergulhamos nas profundezas da nossa alma, conseguimos libertar-nos dessa matriz e ver a vida e o mundo como verdadeiramente são e para onde caminham - destruição."de pernas para o ar fica a nossa vida" Quando tomamos consciência da rede em k estamos envolvidos.
A responsabilidade de sermos crescidos e as nossas acções ou falta delas, começam a mudar o nosso pequeno e aconchegante mundinho tornando-o num oceano sem vista para a costa e onde nos sentimos Náufragos!
Meu querido amigo Luís, em tantos momentos nos põem o pé em cima e não acabam com o nosso sofrimento, pk não morremos mas continuamos a viver para k com isso aprendamos a lidar com o k a vida nos dá e nos em ensina a não pôr o pé em cima de ninguém só pk afinal - " ele era tão feio!"
Pensa e acredita k para alguma coisa estamos aki, para poderes sustentar a vida!
Um beijo grande meu amigo.
 
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